A Síndrome Metabólica está intimamente ligada ao estilo de vida pouco saudável, como dieta inadequada, falta de atividade física e ganho de peso. Pessoas com síndrome metabólica têm um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, acidente vascular cerebral e outras condições relacionadas ao metabolismo. Saiba mais acompanhando o conteúdo!

O que é a Síndrome Metabólica?

A síndrome metabólica é uma condição médica caracterizada pela combinação de vários fatores de risco metabólico que aumentam o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outros problemas de saúde. Esses fatores de risco incluem obesidade abdominal, resistência à insulina, pressão arterial elevada, níveis anormais de lipídios (como colesterol e triglicerídeos) e níveis elevados de açúcar no sangue.

Os critérios diagnósticos para a síndrome metabólica podem variar ligeiramente entre diferentes organizações de saúde, mas geralmente incluem a presença de três ou mais dos seguintes componentes:

  1. Obesidade abdominal: Medida pela circunferência da cintura. Nos homens, uma circunferência da cintura acima de 102 cm (40 polegadas) é considerada alta, enquanto nas mulheres, acima de 88 cm (35 polegadas) é considerada alta.
  2. Resistência à insulina: É uma condição em que as células do corpo têm dificuldade em responder adequadamente à ação da insulina, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue. Geralmente é avaliada indiretamente por meio de exames de glicemia em jejum ou de hemoglobina A1c.
  3. Pressão arterial elevada: Uma pressão arterial sistólica igual ou superior a 130 mmHg e/ou uma pressão arterial diastólica igual ou superior a 85 mmHg, ou uso de medicação para hipertensão arterial.
  4. Níveis anormais de lipídios: Isso inclui níveis elevados de triglicerídeos (150 mg/dL ou mais) e/ou baixos níveis de colesterol HDL (o “bom” colesterol) – abaixo de 40 mg/dL nos homens ou abaixo de 50 mg/dL nas mulheres.
  5. Níveis elevados de açúcar no sangue: Avaliado por meio de exames de glicemia em jejum, com valores iguais ou superiores a 100 mg/dL.

O tratamento da síndrome metabólica envolve mudanças no estilo de vida, incluindo:

  • Perda de peso: A perda de peso, especialmente na região abdominal, pode ajudar a melhorar os fatores de risco associados à síndrome metabólica.
  • Alimentação saudável: Adotar uma dieta equilibrada, com baixo teor de gordura saturada, colesterol e açúcar refinado, e rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis.
  • Atividade física regular: Praticar exercícios físicos regularmente, como caminhar, correr, nadar ou fazer atividades aeróbicas, ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina, controlar o peso e reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
  • Controle da pressão arterial e dos níveis de açúcar no sangue: É importante monitorar e controlar a pressão arterial e os níveis de açúcar no sangue, geralmente com o auxílio de medicamentos prescritos pelo médico.
  • Tratamento de outras condições de saúde: Se necessário, o tratamento de outras condições médicas, como dislipidemia (níveis elevados de lipídios no sangue), pode ser recomendado para reduzir os fatores de risco da síndrome metabólica.

É fundamental consultar um médico para avaliar a presença da síndrome metabólica, receber um diagnóstico adequado e obter orientações específicas sobre o tratamento e as mudanças no estilo de vida necessárias para gerenciar essa condição.

Quais os sintomas da  Síndrome Metabólica?

A SÍNDROME METABÓLICA em si não apresenta sintomas específicos. No entanto, os componentes individuais da síndrome metabólica, como obesidade abdominal, resistência à insulina, pressão arterial elevada, níveis anormais de lipídios e níveis elevados de açúcar no sangue, podem causar sintomas e problemas de saúde relacionados. Alguns dos sintomas e complicações que podem estar associados à síndrome metabólica incluem:

  1. Obesidade abdominal: Acúmulo de gordura na região abdominal, o que pode resultar em um aumento da circunferência da cintura. Isso pode ser percebido visualmente e pode levar a problemas estéticos, dificuldade de movimentação e desconforto físico.
  2. Resistência à insulina: A resistência à insulina, em si, não apresenta sintomas perceptíveis. No entanto, níveis elevados de açúcar no sangue associados à resistência à insulina podem causar sintomas de diabetes, como aumento da sede, aumento da frequência urinária, fadiga e dificuldade de concentração.
  3. Pressão arterial elevada: Geralmente, a hipertensão arterial não causa sintomas óbvios, mas pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e problemas renais.
  4. Níveis anormais de lipídios: Níveis elevados de triglicerídeos e baixos níveis de colesterol HDL (o “bom” colesterol) podem não causar sintomas imediatos, mas aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
  5. Níveis elevados de açúcar no sangue: A hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) pode levar a sintomas de diabetes, como sede excessiva, aumento da frequência urinária, fadiga, visão embaçada e cicatrização lenta de feridas.

É importante destacar que nem todas as pessoas com síndrome metabólica apresentarão sintomas perceptíveis. Muitas vezes, a síndrome metabólica é diagnosticada com base nos fatores de risco e nos resultados de exames médicos de rotina. Se você tiver preocupações ou acreditar que pode estar em risco de síndrome metabólica, é recomendado consultar um médico para uma avaliação adequada. O médico poderá realizar exames de sangue, avaliar sua história médica e fornecer orientações e tratamento adequados.

Dra. Elaine Goering

O que causa a Síndrome Metabólica? 

A síndrome metabólica é uma condição complexa e multifatorial, e sua causa exata ainda não é completamente compreendida. No entanto, acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, estilo de vida pouco saudável e outros fatores de risco desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. Alguns dos principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome metabólica incluem:

  1. Obesidade e ganho de peso: O excesso de peso corporal, especialmente o acúmulo de gordura abdominal, está fortemente associado à síndrome metabólica. A obesidade pode levar a alterações metabólicas, resistência à insulina e outros problemas relacionados à síndrome metabólica.
  2. Resistência à insulina: A resistência à insulina é um estado em que as células do corpo têm dificuldade em responder adequadamente aos efeitos da insulina, o hormônio responsável pela regulação do açúcar no sangue. A resistência à insulina pode levar a níveis elevados de açúcar no sangue e aumento da produção de insulina pelo pâncreas.
  3. Genética: A predisposição genética pode desempenhar um papel na suscetibilidade à síndrome metabólica. Pessoas com histórico familiar de síndrome metabólica, diabetes tipo 2, hipertensão arterial ou doenças cardiovasculares têm maior risco de desenvolver a condição.
  4. Estilo de vida pouco saudável: Hábitos de vida pouco saudáveis, como uma dieta rica em calorias, gorduras saturadas, açúcares e alimentos processados, bem como a falta de atividade física regular, contribuem para o desenvolvimento da síndrome metabólica.
  5. Envelhecimento: O risco de síndrome metabólica aumenta com a idade, pois as pessoas tendem a ganhar peso, perder massa muscular e tornar-se menos ativas fisicamente à medida que envelhecem.
  6. Outros fatores: Alguns fatores adicionais que podem contribuir para a síndrome metabólica incluem tabagismo, estresse crônico, distúrbios do sono, uso de certos medicamentos e condições médicas, como esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) e síndrome do ovário policístico.

É importante lembrar que a presença de um fator de risco não garante o desenvolvimento da síndrome metabólica, e nem todas as pessoas com fatores de risco desenvolverão a condição. A prevenção e o gerenciamento da síndrome metabólica envolvem a adoção de um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada, atividade física regular, controle de peso, cessação do tabagismo e tratamento de condições médicas subjacentes.

Como é o tratamento da  Síndrome Metabólica?

O tratamento da síndrome metabólica envolve um cuidado abrangente para abordar os fatores de risco e melhorar a saúde metabólica. O objetivo principal do tratamento é reduzir o risco de complicações cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outras condições relacionadas.

Aqui estão algumas medidas de tratamento e mudanças no estilo de vida que podem ser recomendadas:

  1. Alimentação saudável: Adotar uma dieta equilibrada e nutritiva é fundamental. Isso inclui consumir alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, grãos integrais e legumes, além de fontes saudáveis de proteínas, como peixes, aves, nozes e leguminosas. É importante reduzir a ingestão de gorduras saturadas, gorduras trans e alimentos processados, bem como limitar a quantidade de açúcares e alimentos com alto teor de carboidratos refinados.
  2. Perda de peso: A perda de peso, especialmente a redução da gordura abdominal, é um componente-chave do tratamento da síndrome metabólica. A combinação de uma alimentação saudável e atividade física regular pode ajudar a alcançar e manter um peso saudável.
  3. Atividade física regular: Praticar exercícios físicos regularmente é essencial para melhorar a sensibilidade à insulina, controlar o peso, reduzir a pressão arterial, melhorar os níveis de lipídios no sangue e promover a saúde cardiovascular. Recomenda-se pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana, como caminhada, natação, ciclismo, além de exercícios de fortalecimento muscular duas vezes por semana.
  4. Controle da pressão arterial: Se a pressão arterial estiver elevada, o tratamento pode incluir a adoção de mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos prescritos pelo médico.
  5. Controle dos níveis de glicose e lipídios no sangue: Para pessoas com níveis elevados de açúcar no sangue ou dislipidemia, pode ser necessário um controle mais rigoroso desses fatores de risco. Isso pode incluir medicação prescrita pelo médico, além de uma alimentação saudável e atividade física regular.
  6. Abandono do tabagismo: Se você fuma, é importante parar de fumar, pois o tabagismo é um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares e complicações da síndrome metabólica.
  7. Gerenciamento do estresse: O estresse crônico pode ter um impacto negativo na saúde metabólica. A adoção de técnicas de gerenciamento do estresse, como meditação, ioga, exercícios de respiração e atividades relaxantes, pode ser benéfica.
  8. Tratamento de condições subjacentes: Se houver condições médicas subjacentes, como diabetes tipo 2 ou esteatose hepática, um tratamento específico para essas condições pode ser necessário e deve ser conduzido sob a supervisão de um médico.

É importante ressaltar que o tratamento da síndrome metabólica é individualizado, e as abordagens podem variar de acordo com as necessidades e características de cada pessoa. Um profissional de saúde, como médico ou nutricionista, pode fornecer orientações e monitoramento adequados para o tratamento da síndrome metabólica.

 

A Dra. Elaine Morabito é médica endocrinologista e nutróloga e realiza o diagnóstico e tratamento de Síndrome Metabólica. Entre em contato e agende a sua consulta!